Faça sua pesquisa AQUI!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

TRAVANDO BATALHAS DOUTRINÁRIAS POR MEIO DOS CÂNTICOS

     A maioria dos lideres de adoração não pensaria em dar a sí mesmos o título de teólogo. Com tudo, por meio de nossos cânticos, apresentamos a verdade sobre quem Deus é. Pintamos um quadro da personalidade de Deus e de modo como Ele se relaciona com a humanidade. Numa era em que as pessoas obtêm informações por meios velozes e estimulantes - internet, televisão e rádio - as músicas de adoração são uma importante fonte de teologia.

     Para ilustra o poder teológico dos cânticos, vamos analisar um exemplo da história da igreja. Uma das mais significativas batalhas com relação à doutrina da igreja primitiva foi a controvérsia ariana no século IV de nossa era. O assunto em questão era a divindade de Jesus. Atanásio liderou a argumentação de que Jesus era "de uma substância com o Pai" (Credo Niceno), que ele não fora criado, mas era eterno e infinito juntamente com o Pai e o Espírito Santo. Ário seu oponente era presbítero em Alexandria e era visto como especialista em lógica. Ele argumentou que o Filho fora criado pelo Pai e que não era igual ao Pai. Essa importante batalha doutrinaria se desenrolou por vários anos. Em alguns momentos, a opinião popular estava a favor de Ário. Sua posição se espalhou pelas igrejas ortodoxas do Oriente. A controvérsia ariana foi o principal assunto de debate no Concilio de Nicéio, no ano 325. Esse episódio na história do igreja é relevante para nossa discussão porque os hinos escritos por Atanásio e Ário foram algumas das mais poderosas ferramentas na luta por suas crenças. Veja a seguir alguns fragmentos de hinos dos dois teólogos compositores:


     De Atanásio:

     O Pai surgiu do nada, não foi nem criado nem gerado.
     O Filho vem apenas do Pai, não foi criado, nem feito, nem gerado.
     O Espírito Santo é do Pai. O Filho:
     Não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede...

     Cremos e confessamos que nosso Senhor Jesus Cristo, O Filho de Deus,
     É Deus e homem...
     Deus perfeito e homem perfeito: subsiste de uma alma racional e de carne humana.
     Igual a seu Pai, no que se refere à sua divindade.
     Menor que o Pai no que se refere à sua humanidade.
     Embora seja Deus e homem, ele era um Cristo, não dois.


     De Ário:

     Nós o louvamos desde sempre porque ele tem começo.
     Nós o adoramos porque um dia ele veio a existir.
     Ele, que não tem começo, fez do Filho o começo das coisas geradas;
     E o investiu da condição de Filho de sí mesmo por adoção.
     Ele não tem nada peculiar a Deus em subsistência. Pos ele não é igual, não, nem é uma exencia com Ele.
     Sábio é Deus, pos Ele é o Mestre de toda sabedoria.


     O hino de Ário começa de maneira maravilhosa. Com tudo, à medida que o hino se desenvolve ele arranca a divindade de Jesus, passando a atacar o próprio fundamento do cristianismo. Esse cântico era cantado por milhares de cristão nos dias de Ário. Que isto seja uma lição para nós: Se somos lideres de adoração, somos teólogos e, por tanto, é melhor cantarmos aquilo que é verdadeiro.
Na reforma do século XVI, vemos outro exemplo do poder da música. Num documento de um jesuíta, podemos ler: "Lutero matou mais almas com suas canções do que com seus textos e seus sermões". Para um dos oponentes da teologia da Reforma, a música era uma arma ainda mais devastadora do que os próprios sermões de Lutero!

     Por meio da música de adoração, nossa alma é alimentado com uma rica porção da verdade. O desafio dos líderes de adoração é servir boa comida para a igreja todas as semanas, dando a ela a nutrição da verdade, do encorajamento e da exortação.
    
     Você alimenta pessoas a cada semana. Você nutri a mente delas. Você diz quem Deus é, como Deus as vê e de que maneira Deus quer que elas vivam. Você desafia seus pensamentos, confrontando-os com a verdade (talvez esta seja a razão de as pessoas frequentemente parecerem pensativas e pesarosas, em vez de estarem efusivas e alegres). Lembre-se: a adoração que você deseja propagar vai muito além das reações imediatas das pessoas num culto de adoração. Você esta dando a elas comida para o pensamento e alimento para a vida.





                                                                              (Fonte: Livro, Em Espírito e em Verdade de Andy Park)

Nenhum comentário:

Postar um comentário