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sábado, 4 de dezembro de 2010

A OBEDIENCIA E O MINISTERIO DE MUSICA


 
“Sendo Ele de condição divina, não prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo. E sendo reconhecido exteriormente como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”. (Filip 2, 6-8)

Frei Raniero Catalamessa foi particularmente feliz e inspirado quando em seu livro sobre “Obediência”, diz que a “obediência cristã não está fundamentada em uma idéia, mas em um ato de obediência”.

Quando o assunto é obediência, logo ligamos nosso “sistema automático de defesa, desculpas e justificativas”, pois sabemos que esse é um dos nossos mais constantes e difíceis pecados que temos.
Na origem de toda obediência está uma, a de Cristo. Na origem de toda desobediência está a de Adão. O mal consistiu em desobedecer a Deus, e o bem em obedecer. Se levarmos em conta a nossa dificuldade em nos submetermos aos outros como algo totalmente pessoal e quase exclusivo, estaremos em muito dificultando nossa libertação desse mal. Precisamos compreender que a desobediência tem raízes profundas que remontam do pecado original, que vem como herança de nossos primeiros pais, adão e Eva. Porém essa consciência não deve nos levar à acomodação porque se é verdadeiro afirmar que Adão pecou na desobediência ao Senhor, muito maior é a verdade que Jesus Cristo, o novo Adão, no qual fomos regenerados e recriados na justiça, este foi completamente obediente e submisso à vontade do Pai.

Se a obediência de Adão gerou em nós uma inclinação ao Pecado da desobediência, a obediência perfeitíssima de Cristo Jesus capacitou-nos à sua imitação e convida-nos a superarmos nossa inclinação ao mal e abraçarmos a vivência do bem.

Jesus é o novo Adão, que foi fiel lá onde o primeiro sucumbiu à tentação. Se somos em Cristo novas criaturas, precisamos acreditar que o caminho que Ele trilhou é o mesmo que devemos trilhar, pois não somos mais que seguidores seus. Acredito que o primeiro passo para abraçarmos a obediência é desejarmos de todo coração nos assemelharmos a Jesus. O desejo de santidade certamente nos faz renunciar a direitos e por amor submeter nossa vontade à autoridade de outros. A obediência nasce de uma verdadeira conversão. Em toda história do povo de Deus tivemos homens eleitos que vão à frente, conduzindo para a vontade do Senhor. Nos nossos ministérios não pode ser diferente. Precisamos ter pessoas que sejam imparciais, atentas e dispostas a ouvir e cumprir a vontade divina.
A maioria dos problemas que temos visto no ministério de música, em relação à autoridade e submissão, decorre de uma falta de formação sobre o verdadeiro sentido da autoridade e também da virtude da obediência. Porém na grande maioria dos casos vemos pessoas que não estão dispostas a ceder, renunciar seus direitos ou comodidades por causa do bem comum e da igreja. Isso é totalmente inverso ao exemplo que Cristo nos deixou.

“A obediência de Cristo, no cotidiano da vida escondida, inaugura já a obra de restabelecimento daquilo que a obediência de Adão havia destruído”.

Assim como lutamos contra vícios e pecados da língua, do orgulho, da impureza, precisamos lutar contra vícios do pecado da desobediência. Quando obedecemos, fazemos um bem às autoridades, à igreja e um grande bem a nós mesmos pois estamos nos assemelhando mais e mais a nosso Senhor Jesus Cristo. Obediência e humildade andam juntas, da mesma forma que orgulho e desobediência andam de mãos dadas. A escolha da desobediência e do mal é um abuso de liberdade à escravidão do pecado.

Através da oração diária, o Espírito Santo pode fazer esta obra de restabelecimento do desejo e da inclinação a uma vivência da obediência cristã. Mas veja, essa é uma obra do Espírito, se não for assim, perderemos a liberdade. Se obedecermos por medo de castigo, estamos escravizados. Se obedecemos para obtermos elogios das autoridades, já recebemos nossa recompensa. Porém, se obedecemos por amor a Jesus e à sua igreja, Ele mesmo nos dará a recompensa. Antes de ser um dever, a obediência é uma graça, liberta-nos de nós mesmos, faz-nos semelhantes Àquele que amamos e a quem servimos.

“Como os peixes nascidos na água não podem sobreviver senão na água,
   assim os cristãos nascidos pela obediência
   não podem viver espiritualmente senão pela obediência”.



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